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O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E APRENDIZAGEM

Para falar em desenvolvimento psicomotor e aprendizagem, teremos que falar nos aspectos que se distinguem pelo aparato biológico individual que cada criança traz na sua carga genética e por outros que são adquiridos pela intenção com o meio do qual se faz parte. Serão abordados aspectos motores, sensoriais, perceptivos, cognitivos e afetivos, presentes no desenvolvimento psicomotor da criança.

Estes aspectos quando estimulados e combinados entre si, levam a aquisição de competências indispensáveis a aprendizagem escolar e da vida diária.

A prática de exercícios pode resultar numa melhora do desempenho cognitivo. Os exercícios aprimoram uma série de habilidades valorizadas nos ambientes de ensino.

A postura foi definida por Quirós (1979) como a atividade reflexa do corpo em relação ao espaço. Destes seguimentos podem participar músculos, seguimentos corporais ou o corpo todo dependendo da ação a ser realizada. A criança pequena, ainda segundo o autor citado acima, antes de estruturar seu equilíbrio, ela se utiliza das posturas como a única forma de reagir aos estímulos vindos do meio.

As atividades posturais e motoras precedem as atividades mentais, atividades estas que, no momento subsequente, passam a trabalhar juntas sendo que, por fim, a atividade mental passa a superar as atividades motoras, levando os seres humanos de acordo com a visão de Wallon (2005), que traduziu a gênese da espécie humana, do ato ao pensamento, e do gesto à palavra.

O gesto constitui-se no primeiro instrumento social de compreensão e expressão da criança. Apontar, evocar, chamar a atenção, apanhar, começam por substituir o choro para, mais tarde, quando a palavra vier a representar a ausência do objeto concreto. Os adultos interpretam facilmente os gestos executados pelas crianças, reforçando, assim, o poder comunicativo de gestos e mímicas. A criança gesticula para exprimir as significações de objetos, situações e ações que ainda não consegue verbalizar.

A expressão manual e gestual constitui um importante modo de comunicação que, na criança, assume uma intencionalidade própria e característica; uma espécie de linguagem que se mistura com emoções e atitudes e que, posteriormente, vão se reduzindo à medida que o vocabulário fonético se desenvolve.

 As expressões faciais são fontes inesgotáveis de comunicação não verbal. Olhos, sobrancelhas, cílios, testa, cabeça, nariz, lábios e boca são ingredientes da comunicação primeiramente integrados no bebê, muito antes da fala. A motricidade facial expressiva e singular de primatas e humanos é um potente sistema de transmissão de mensagens não-verbais. (FONSECA,2004, p.57).

PARA REFLETIR

 Aprender é modificar o cérebro com a experiência. Quanto mais você esforça, mais aprende e melhor fica naquilo que pratica. Portanto, segundo Ohweiler (2006) - aprendizagem é processo complexo que resulta em modificações estruturais e funcionais permanentes do Sistema Nervoso Central.