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MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS

Observamos que nos movimentos migratórios internacionais as principais áreas de atração são a América Anglo-saxônica e a Europa Ocidental. As principais áreas de saída são a América Latina, África e Sul e Sudeste da Ásia.

A globalização da economia mundial tem acentuado as diferenças regionais e sócio-econômicas. Esse fato, associado aos conflitos presentes em algumas partes do mundo, à péssima qualidade de vida e falta de perspectivas em alguns países tem acentuado o deslocamento de migrantes, especialmente do Terceiro para o Primeiro Mundo.

Observe no mapa abaixo os principais fluxos migratórios no Mundo.

Os Estados Unidos recebem imigrantes provenientes da América Latina (região do Caribe, México, América do Sul...), do leste, sul e sudeste da Ásia e do norte da África.

A Europa Ocidental tem recebido migrantes da África ao sul do Saara, do norte desse continente, da América Latina e do sul, sudeste e leste da Ásia, além de um crescimento nas migrações do leste europeu a partir das reformas que colocaram fim ao socialismo nos países da Europa Oriental. A maior parte desses migrantes constitui mão-de-obra sem qualificação e que vai ocupar no mercado de trabalho das regiões receptoras postos até mesmo desprezados pela população local, ainda que esta, paradoxalmente, reclame da concorrência da mão-de-obra imigrante.

Muitos desses migrantes assumem contratos temporários de trabalho, permanecendo nos países receptores por dois ou três anos. Sujeitam-se à jornadas de trabalho prolongadas, privações no dia-a-dia, com o objetivo de guardarem o máximo do que recebem para enviar esse dinheiro para os países de origem.

A idéia é conseguir melhorar o próprio padrão de vida quando retornarem ao país do qual saíram. Parte desses migrantes são ilegais. Não tem permissão para entrada e permanência. Sua situação irregular faz com que aceitem péssimas condições de trabalho e salários de exploração, além de não terem acesso à saúde pública e a reclamações trabalhistas porque, afinal, estão irregularmente estabelecidos. Isso não ocorre somente na Europa ou nos EUA.

Aqui, no Brasil, temos como exemplo os imigrantes bolivianos, ilegais, explorados em longas jornadas de trabalho com baixos salários em oficinas de confecção na cidade de São Paulo. Podemos também lembrar da discriminação, perseguição e até assassinatos de estrangeiros em países europeus, envolvendo grupos minoritários de postura muito radical e ideologias totalitárias, configurando a chamada Xenofobia.