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IMIGRAÇÃO BRASILEIRA

Atualmente o número de imigrantes que entram no Brasil e fixam moradia aqui é reduzido, compensado e até ultrapassado pelo número de brasileiros que se deslocam para trabalhar e/ou morar em outros países. Mas o Brasil já foi um importante país imigratório, principalmente no período entre 1850 e 1934. Nesse período podemos identificar uma série de acontecimentos que contribuem para essa entrada de imigrantes no Brasil.

Leis que restringiram e eliminaram a escravidão no Brasil:

  • Eusébio de Queirós - 1850: proibição ao tráfico de escravos
  • Ventre Livre - 1871: liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir da data de sua promulgação
  • Sexagenários - 1885: liberta os escravos com mais de 60 anos
  • Áurea - 1888: libertação dos escravos, crescimento da cafeicultura, necessitando de mais mão-de-obra, crises econômicas e políticas na Europa, estimulando a saída de sua população.

 

A partir de 1934, com a Lei de quotas restringindo a entrada dos imigrantes, com a crise na cafeicultura e, mais tarde, a Segunda Guerra Mundial e a recuperação econômica na Europa, diminui a entrada de imigrantes no Brasil. Nas últimas décadas temos recebido principalmente sul-americanos, africanos e asiáticos.

Observe os principais grupos de imigrantes que vieram para o Brasil:

  • Portugueses: em grande número se distribuíram por várias regiões do país, especialmente no Sul e Sudeste, em atividades urbanas (comércio e indústria). Vale lembrar também dos portugueses na Campanha Gaúcha desenvolvendo a pecuária extensiva nas estâncias;
  • Italianos: destacaram-se na Região Sul (Vale do Tubarão, no sul de SC, e Serras Gaúchas - Caxias do Sul, Garibaldi, Farroupilha, Flores da Cunha, Bento Gonçalves) com a produção de uva e vinho, e principalmente em São Paulo, como mão-de-obra assalariada na cultura de café no oeste paulista e na capital e região do ABC no setor industrial;
  • Espanhóis: entram no Brasil principalmente no século XX, concentrando-se nas Regiões Sudeste e Sul em atividades do comércio e indústria;
  • Alemães: entram em pequeno número no Espírito Santo e São Paulo e em maior número na Região Sul (Joinvile, Vale do Itajaí, Serras Gaúchas e proximidades de Porto Alegre). Desenvolvem atividades de policulturas e criação em pequenas e médias propriedades e pequenas produções industriais caseiras;
  • Japoneses: sua primeira entrada no Brasil ocorre em 1908 e concentram-se principalmente no período entre 1920 e 1934. Dirigem-se para a Amazônia iniciando os cultivos de juta e pimenta-do-reino, para o oeste paulista (Marília, Bastos e Tupã) com atividades ligadas à granjas, algodão e sericicultura, para o Vale do Ribeira (chá e banana), para o Vale do Paraíba (arroz e hortifrutigranjeiros) e arredores da capital paulista (o chamado cinturão verde com a produção de hortifrutigranjeiros).

Além desses grupos podemos mencionar a entrada de imigrantes eslavos (principalmente no Paraná), sírios, libaneses, turcos, judeus, asiáticos do extremo oriente, e reduzidas presenças de franceses, holandeses e até norte-americanos.