O crescimento da população brasileira tem se reduzido nas últimas décadas. Durante o século XX a rápida queda da mortalidade, enquanto se mantinham elevadas as taxas de natalidade, provocou uma aceleração no crescimento vegetativo brasileiro. Mas esse quadro se reverte nos últimos 40anos com uma queda mais pronunciada da natalidade no país.
Lembre-se:
CV = TN - TM
As taxas de natalidade e mortalidade são medidas para cada grupo de mil habitantes ao longo de um ano. Além do crescimento vegetativo, os movimentos migratórios também influenciam o crescimento da população. Os movimentos imigratórios foram importantes para o crescimento e composição da população brasileira especialmente no período entre meados do século XIX e as primeiras décadas do século XX. Atualmente não são mais expressivos.
A queda da mortalidade no decorrer do século XX pode ser explicada pela evolução na medicina, nas condições sanitárias, na qualidade de vida como um todo.
O processo de urbanização da população contribuiu para essa queda e foi muito importante para a redução da natalidade. Com a concentração cada vez maior da população em áreas urbanas ampliou-se a prática do planejamento familiar. Aumentou o uso de métodos anticoncepcionais, os casamentos se tornaram mais tardios e a inserção da mulher no mercado de trabalho também levou a redução do número de filhos por casal.
A redução da natalidade foi acompanhada pela redução da taxa de fecundidade (nº. de filhos por mulher em idade fértil). A tendência para as primeiras décadas do século XXI é a continuidade na redução dessas taxas. O Brasil aproxima-se, assim, das taxas de crescimento verificadas nos países do Primeiro Mundo.
Observando a pirâmide etária do Brasil podemos perceber um estreitamento de sua base, resultante da queda da Taxa de Natalidade e da diminuição da quantidade de jovens no país. O corpo da pirâmide (adultos) e o seu topo (idosos) estão progressivamente se alargando com o aumento da expectativa de vida.
O Brasil já apresenta maioria de adultos e o número de idosos é cada vez maior. Essas alterações não provocam ainda sérias preocupações no mercado de trabalho. A reposição de mão-de-obra nesse mercado ainda está garantida e podemos lembrar que a taxa de desemprego é que preocupa a nação. No entanto já estamos providenciando nos últimos anos reformas previdenciárias que possam fazer frente à nova realidade da composição da população brasileira, com um número crescente de idosos, de aposentados, com uma longevidade cada vez maior.