Conceito
Montante é o valor resgatado ao final da aplicação do capital C, isto é, a soma do capital inicial aplicado mais os devidos juros.
Montante é o valor resgatado ao final da aplicação do capital C, isto é, a soma do capital inicial aplicado mais os devidos juros.
Veja a formula:
n = prazo,
J = juros,
C = capital,
i = taxa,
(1 - in) = fator de acumulação de capitalização de juros simples.
Exemplo:
Vamos supor alguém deposite R$ 500,00 na Caderneta de Poupança no primeiro dia útil do ano, só para facilitar tudo.
Quando chegar no dia 02/02/2006, há a contagem do juro:
j = 0,5 x 500,00 / 100 = R$ 2,50.
Então, a Caixa Econômica Federal deposita os R$ 2,50 na conta do depositante como aluguel do dinheiro. Esta conta-poupança fica, então, com o valor de R$ 502,50.
Este valor, por convenção (combinação entre as pessoas) passa a se chamar Montante.
Montante é o que havia antes do juros, mais os juros.
Mas aí, nosso depositante, que é uma pessoa muito influenciável, ouve falar que um outro banco paga uma taxa melhor na Caderneta de Poupança, sem saber que o sistema é unificado e as Cadernetas de Poupança obedecem sempre à regra da Caixa Econômica Federal, e saca totalmente o valor do montante. E leva para outro banco o valor total de R$ 502,50, abrindo uma nova conta.
Então, neste novo banco, ele deposita, no mesmo dia 2/2 o seu dinheiro para uma nova aplicação.
No dia 02/03/2006, um mês após, o novo banco paga-lhe a taxa padrão, isto é,
j = 0,5 x 502,50 / 100 = R$ 2,5125.
Como não temos representação além da dos centavos, o banco deposita R$ 2,51 em sua conta, agora somando os R$ 502,50 iniciais com os novos juros, isto é, indo o Montante para R$ 505,01.
Não satisfeito com o juro pago, ele retira o dinheiro deste banco e vai a outra Caderneta de Poupança com a mesma ilusão de ganhar mais do que antes e abre uma nova conta.
No dia 02/04/2006 ele vai ao banco e encontra o juro de
j = 0,5 x 505,01 / 100 = R$ 2,52, perfazendo o montante de R$ 507,53.
Nosso amigo então percebe que perdeu tempo, teve trabalho de abrir contas desnecessariamente. Se ele tivesse deixado o dinheiro no primeiro banco, o valor seria o mesmo, pois as regras de cálculos são as mesmas e foram aplicadas sempre sobre o valor que teriam caso ficassem numa mesma instituição bancária.
Agora vamos ver o que aconteceria, caso nosso ambicioso depositante deixasse seu dinheiro na primeira conta, sem abrir todas aquelas outras.
500,00.
1o. Juro -> 0,5 x 500,00 / 100 = 2,50.
500,00 + 2,50 = 502,50.
2o. Juro -> 0,5 x 502,50 / 100 = 2,51.
502,50 + 2,51 = R$ 505,01
3o. Juro -> 0,5 x 505,01 / 100 = 2,52.
505,01 + 2,52 = 507,53.
Para prosseguir, relembremos que Montante (M) é igual ao Capital (C) acrescido dos juros (j) no fim do período.
M = C + j
M = C + r x C / 100
Para facilitar, vamos dizer que não seja C o numerador daquela fraça, mas ‘r'. Reescrevamos e não mudemos nada
M = C + r / 100 x C
Para facilitar a visualização, uma vez que a divisão é por uma constante, que tal escondê-la, sem deixar de considerá-la?
Vamos trocar a alíquota ‘r' por ‘i', significando r/100.
M = C + i x C
ou
M = C + Ci
ou
M = C ( 1 + i ) -> (1)
Então, se formos calcular o montante de R$ 500,00 aplicados por 1 mês, à taxa de 0,5% a.m., faríamos assim
r = 0,5; i=0,005
M = 500 (1 + 0,005) ou
M = 500 (1,005).
Aquele '1′ do '1 + 0,005′ representa o valor aplicado anterior.
Veja que realmente esta última fórmula dá o primeiro valor calculado ao fim do primeiro mês.
R$ 502,50.
Voltemos a (1)
M = C ( 1 + i )
Isto daria o primeiro montante.
Mas, lembra?, o primeiro montante é o ‘capital' da segunda aplicação:
M2 = ‘M' vezes a partícula que afeta o valor aplicado.
Releia:
M2 = { C ( 1 + i ) } x (1 + i )
Veja, (1 + i) está sendo multiplicado por si mesmo, ou seja
M2 = C ( 1 + i ) ^ 2.
Continuando,
M3 = ‘M2′ vezes a partícula que afeta o valor aplicado.
Reescrevendo M3,
M3 = { C ( 1 + i ) ^2 } x ( 1 + i)
que você pode simplificar para
M3 = C ( 1 + i ) ^ 3.
Se formos ver a aplicação inicial de R$ 500,00 no início de nossa história, teremos que
M3 = 500,00 x ( 1 + 0,005 ) ^ 3
que resulta R$ 507,53.
Você viu que, na nossa história de alguém depositar um valor inicial e retirar após o primeiro período esse valor mais seus juros, abrir uma nova conta com o montante arrecadado e fazer uma nova aplicação para repetir isto mais à frente, resultou em cálculos isolados de juros simples.
Por fim, juros compostos tratam de montantes (valor mais aluguel do valor). Ou sejam, juros simples reaplicados a cada período.