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DESENVOLVIMENTO DA ATENÇÃO

Suas relações com a afetividade, vontade, memória e pensamento

Como é característico das funções mentais a atenção apresenta aspectos inatos e aspectos que se desenvolvem após o nascimento. É construída em duas vertentes, uma orgânica e outra psicológica, que se retroalimentam podendo modificar-se durante toda a vida. É portando causa e consequência do desenvolvimento do sistema nervoso. Causa porque a criança, a partir das interações sociais, aprende a focalizar sua atenção, o que contribui para o desenvolvimento dos circuitos neuronais que dão suporte biológico a esta função. Consequência porque à medida que os circuitos neuronais vão sendo otimizados aumenta-se a possibilidade de estar atento.

Podemos dizer que a atenção é uma função plástica moldada através de processos sociais que tem o poder de atuar sobre a plasticidade do tecido nervoso, modificando-o para que seja otimizada a sua possibilidade de atuação em resposta aos processos sociais que solicitam a mobilização da atenção.

Nos primeiros meses de vida há um grande predomínio da atenção involuntária, esta é atraída pelos estímulos mais poderosos ou biologicamente significativos. Este tipo de atenção quando mobilizado leva a manifestações como voltar os olhos em direção ao estímulo, parar outras formas de atividades irrelevantes no momento. O exemplo clássico é o do recém-nascido que para os movimentos de sucção por ocasião da apresentação de estímulos luminosos. Nota-se portanto que mesmo tendo um caráter involuntário, a reação de orientação pode ter caráter seletivo, criando a base para o comportamento organizado, direcional e seletivo.

A atenção voluntária, vai sendo desenvolvida gradativamente, e a criança só adquire uma atenção estável e socialmente organizada próximo à idade escolar.

No inicio do segundo ano de vida em resposta a uma pergunta simples do tipo onde está a boneca? A criança dirige-se para o objeto nomeado e procura pegá-lo. Se for colocado ao lado da criança um objeto não familiar, ao mesmo tempo em que se solicita a boneca, a criança ao invés de se deter na boneca se detém no outro objeto. Este estágio de desenvolvimento vai mais ou menos dos 18 aos 28 meses, nele a resposta de orientação a um estímulo novo suprime com facilidade a forma superior de atenção socialmente organizada que começou a aparecer. Uma instrução falada é ainda facilmente sobrepujada pelas informações visuais.

Durante toda a vida a visão constitui-se num sentido que tende a sobrepujar os demais, e por isto, objetos inseridos no campo visual tendem a atrair a atenção com grande facilidade. Por este motivo, brincadeiras de cabra cega e outras similares em que se priva o sujeito da visão colaboram para mobilizar e desenvolver a atenção a partir de informações provenientes dos outros sentidos.

Por volta dos cinco anos de idade a capacidade de obedecer a uma instrução falada se torna suficientemente forte permitindo que a criança facilmente elimine os fatores irrelevantes, distrativos, mas ainda podem aparecer sinais de instabilidade das formas superiores da atenção.

Na idade escolar está estabelecido um comportamento seletivo estável subordinado á fala audível de um adulto e a fala interior da própria criança. Muitas vezes a criança lê em voz alta como forma de reforçar sua atenção pela entrada de informações auditivas.

A atenção desenvolve-se gradualmente e o ritmo de desenvolvimento é diferente de uma criança para outra, sendo que as crianças com Déficit de Atenção mostram uma capacidade para manter a atenção seletiva semelhante à de crianças de idade inferior, e menor que de seus colegas de mesma idade e sem problemas de aprendizagem.

Interação ente atenção - afetividade.

No processo de aprendizagem temos um imbricamento de funções. De maneira geral podemos dizer que a afetividade mobiliza a nossa vontade, que mobiliza a atenção de maneira voluntária para aquilo que vai de encontro ao nosso interesse, colocando o estímulo no centro de nossa atenção.

Uma vez mobilizada a atenção há um direcionamento dos canais sensoriais para captarem estímulos oriundos do objeto ou situação que despertou nosso interesse. Estes estímulos são enviados para o sistema nervoso central, sendo interpretados em nível encefálico em diversas áreas do cérebro. O novo e o antigo são comparados, as informações julgadas relevantes são consolidadas e armazenadas no cérebro em associação direta com outras memórias do mesmo tipo.

A motivação para se manter a atenção direcionada aos estímulos que a estão solicitando, bem como para julgar se as informações e o pensamento a ela associados são importantes a ponto de merecerem fazer parte de nossa memória, é dada principalmente pelo sistema límbico. Os estímulos sensoriais que causam dor ou aversão excitam os centros de punição límbicos, enquanto os estímulos que causam prazer, felicidade ou recompensa excitam os centros de premiação límbicos.

Esquematicamente teríamos: afetividade-vontade-atenção-memória-pensamento.

A atenção e a memória tem um papel fundamental para o desenvolvimento da mente que usa como principal instrumento o pensamento. De acordo com Pernambuco (1991) “pensar” segundo uma visão psicanalítica, pode ser entendido como “incorporar o mundo”, ou seja, é o processo pelo qual tomamos contato com a realidade e a tornamos algo internalizado, que faz parte de nosso cabedal, e que pode ser reaproveitado em novos contatos com a realidade.

Estas modificações do sistema nervoso são indispensáveis para a consolidação da memória, que é um dos requisitos fundamentais para a aprendizagem, porém elas não ocorrerão a contento se não houver mobilização e tenacidade da atenção voluntária. Segundo (Guyton & Hall, 1997) estudos psicológicos mostraram que a repetição continuada de uma mesma informação na mente acelera e potencia o grau de transferência de memória a curto prazo para memória a longo prazo e, portanto, acelera e potencia a consolidação, pois o cérebro tem uma tendência natural a repetir as informações recém-descobertas, especialmente as que chamam a atenção. Isto segundo os autores explica porque uma pessoa pode lembrar pequenas quantidades de informação estudadas a fundo muito melhor do que grandes quantidades estudadas superficialmente.

A apresentação de um estímulo especial (visual, acústico, táctil ou doloroso) evoca uma resposta elétrica nas áreas sensoriais primárias do córtex cerebral. Vamos imaginar que este estímulo seja uma música que o sujeito está ouvindo usando um fone de ouvido sem a preocupação de atentar-se para a letra. Se a televisão for ligada de imediato há uma inibição na área auditiva primária, demonstrando os efeitos da distração causada por estímulos irrelevantes sobre a atenção. Por outro lado, se o sujeito receber uma instrução do tipo conte o número de vezes que a palavra amor aparecer na música a atenção é então atraída pela expectativa ativa e há um apreciável aumento da atividade na área auditiva primária.

Luria (1981) argumenta que o aumento da amplitude dos potenciais evocados sob a influência de uma instrução falada, mobilizadora da atenção, é mal definido na criança de idade pré-escolar, mas vai se formando gradualmente e aparece de forma precisa e estável por volta dos 12 a 15 anos. Chama atenção para o fato de que é nesta idade que mudanças claras e duradouras nos potenciais evocados começam a surgir não somente nas áreas sensoriais do córtex como também nas zonas frontais que estão começando a desempenhar um papel mais íntimo nas formas complexas e estáveis da atenção superior, voluntária.(Em outras palavras a atenção intelectual está mais desenvolvida.).

Partindo-se do principio que a plasticidade neuronal envolvida no desempenho de uma função cerebral é máxima quando esta função ainda está em desenvolvimento, e que tal plasticidade reduz-se bastante quando a função se estabiliza, o trabalho de otimização da atenção voluntária através de instruções faladas deve iniciar-se na idade pré-escolar e ser intenso até por volta dos quinze anos de idade.

É preciso ter em mente que a atenção voluntária embora precise de um suporte biológico para ocorrer, sua origem não é biológica e sim social.

É preciso salientar que a atenção voluntária é base fundamental para a aprendizagem, mas ela também é desenvolvida através da aprendizagem, daí seu desenvolvimento gradativo e sua forte vinculação com a linguagem.

A atenção voluntária enquanto função mental é operacionalizada a partir de um substrato biológico (formação reticular do tronco encefálico, sistema límbico, córtex pré-frontal). Quando este tipo de atenção começa a se desenvolver a partir das interações com o adulto os circuitos neuronais e as bases cognitivas da criança ainda são frágeis, por isto ela se distrai facilmente. À medida que a criança é estimulada, que os objetos vão sendo nomeados ela vai construindo o seu léxico interno. Ao adquirir a capacidade de nomear os objetos consegue sua autonomia, deixando claro a importância da linguagem para dar significado as coisas e acontecimentos do mundo de maneira a permitir ao sujeito considerá-los significantes ou não para ocuparem o foco central de sua atenção.

Considerando os trabalhos de investigação nas diferentes habilidades: visuais, motoras e cognitivas, percebe-se que é importante compreender melhor alguns aspectos que envolvem diretamente a atenção.

De acordo com NAGLIERI e ROJAHN (2001), a atenção é um dos processos importantes que afetam muitas áreas da vida diária dos indivíduos, como o rendimento escolar.

Na concepção de LURIA (1981) o homem recebe um imenso número de estímulos, mas seleciona os mais importantes, ignorando os restantes. Potencialmente ele faria um grande número de movimentos, mas destaca poucos movimentos racionais, que integram suas habilidades, e inibe outros. Entre o grande número de associações possíveis que existe, ele conserva apenas algumas, essenciais para a sua atividade, e abstrai- se das outras que dificultam o processo racional de pensamento. A seleção da informação necessária, o asseguramento dos programas seletivos de ação e a manutenção de um controle permanente sobre ele são convencionalmente chamados de atenção. O caráter seletivo da atividade consciente, que é função da atenção, manifesta-se igualmente na percepção, nos processos motores e no pensamento, complementa Luria (1981).

Para este autor, existem pelo menos dois grupos de fatores que são determinantes da atenção e que asseguram o caráter seletivo dos processos psíquicos que determinam tanto a orientação como o volume e a estabilidade da atividade consciente. O primeiro desses grupos é constituído por estímulos exteriores; o segundo grupo é constituído de fatores relacionados “com o próprio sujeito e com a estrutura de sua atividade”. Para o estudo dos mecanismos neurofisiológicos da atenção é fundamental o fato de que o caráter seletivo da ocorrência dos processos psíquicos, característicos da atenção, pode ser assegurado apenas pelo estado de vigília do córtex, do qual é típico um nível ótimo de excitabilidade. Esse nível de vigília (excitabilidade) é assegurado pelos mecanismos de manutenção do tônus cortical.

De acordo com ASTON-JONES et al. (1999), a atenção pode ser vista de acordo com três aspectos distintos. O primeiro diz respeito à orientação para os eventos sensoriais, que são as diferentes formas de atenção: motora, visomotora, auditiva etc. O segundo refere-se ao controle executivo que relaciona a atenção à memória semântica e à linguagem. O terceiro é o estado de vigília e alerta sustentado que prepara o sistema nervoso para os aspectos anteriormente mencionados.

Sabe-se que o nível de vigília e alerta pode variar desde o coma profundo até um estado de hiperalerta ansioso (WEINTRAUB e MESULAM, 1985). Esse nível pode ser definido operacionalmente pela intensidade de estímulo necessário para desencadear uma resposta do indivíduo. A qualidade da resposta em função da intensidade do estímulo permite caracterizar estados como "estupor", "sonolência", "alerta" e "hiperalerta" que descrevem, em ordem ascendente, os níveis de vigília e alerta de uma pessoa.

Segundo WEINTRAUB e MESULAM (1985), as funções atencionais são divididas em duas grandes categorias. Uma categoria, geralmente associada com as funções das vias reticulares ascendentes e com o lobo frontal, é responsável pela manutenção de um tono, ou matriz, atencional geral. Termos como "vigília", "concentração" e "perseverança" são utilizados para descrever os aspectos positivos dessa matriz atencional. Qualquer distúrbio nessa matriz atencional leva à impersistência, perseveração, distratibilidade, vulnerabilidade aumentada à interferência e inabilidade peculiar para inibir tendências de respostas imediatas, mas não apropriadas.

A focalização e a concentração da consciência são a essência da atenção. Isso implica privar-se de algumas coisas a fim de interagir eficientemente com outras (ASTON-JONES et al., 1999; KANDEL et al., 2000).

No homem, o estado de vigília manifesta-se subjetivamente pela consciência do que está ocorrendo no meio externo ou no próprio organismo. A consciência, através do estado de alerta (atenção), só permite avaliar o que está ocorrendo em uma estreitíssima faixa; todo o restante das alterações do meio ambiente e do próprio organismo é avaliado apenas inconscientemente. Embora seja difícil separá-los, aparentemente existe um alerta inespecífico, geral, e alertas específicos (várias formas de atenção: visual, auditiva, visomotora etc.). Os alertas específicos (atenção) se centram numa faixa estreita de alerta que possibilita a análise de uma quantidade restrita de informação ao mesmo tempo (TIMO-IARIA, no prelo).

LURIA (1981) afirma que seria um engano imaginar que a atenção da criança pequena pudesse ser atraída somente por estímulos poderosos e novos ou por estímulos ligados à exigência imediata. Ele ressalta que a criança vive em um ambiente de adultos. Quando a mãe nomeia um objeto e o aponta com o dedo, a atenção da criança é atraída para aquele objeto que, assim, começa a se sobressair dentre os demais, não importando se ele origina um estímulo forte, novo ou importante.

Dessa forma, continua LURIA (1981), o processo de atenção pode ser observado não apenas durante o comportamento organizado, seletivo, mas reflete-se também em indicadores fisiológicos precisos, que podem ser usados para estudar a estabilidade da atenção.

Além dos trabalhos clássicos referidos por LURIA (1981) abordando os processos da atenção, outros mais recentes têm demonstrado que o desenvolvimento da atenção passa pelo desenvolvimento de mecanismos cerebrais inibitórios (van der MOLEN, 2000).

Deve-se entender inibição como o processo da supressão (ou redução) das funções de uma estrutura ou um órgão pela ação de um outro. Enquanto a capacidade de executar as funções da estrutura suprimida é mantida, ela pode se manifestar tão logo a ação supressora seja removida. Tradicionalmente, as teorias do desenvolvimento enfatizam a importância das mudanças na capacidade de armazenar e processar informação durante o desenvolvimento cognitivo (van der MOLEN, 2000).

A ideia, prossegue ainda o pesquisador, de que os processos inibitórios no sistema nervoso também podem contribuir paras as mudanças do desenvolvimento surgiu muito lentamente a partir de investigações recentes sobre o desenvolvimento cognitivo em crianças e sobre outros aspectos do comportamento. Essa visão de uma participação crucial das funções inibitórias durante o desenvolvimento decorre de achados sobre diferenças etárias na habilidade a partir da aplicação de uma grande variedade de tarefas que exigiam inibição para a sua execução. Ele exemplifica com o dado de que a criança, à medida que se torna mais adulta, vai se tornando mais apta a suprimir respostas reflexas. A criança torna-se menos sensível aos ruídos, em tarefas que exigem atenção seletiva, e a distratores, em tarefas que envolvem memorização.

Nessa mesma revisão, van der MOLEN (2000) assume que os processos inibitórios se tornam mais eficientes ao longo da infância, possibilitando uma entrada menor de informação irrelevante para a memória de trabalho e aumentando, assim, a capacidade funcional da criança. Essa hipótese se assenta na ideia de que a eficiência do processamento se dá em função das velocidades de ativação e inibição em termos de um processo que bloquearia o alastramento da ativação. Essas mudanças na eficiência de processamento e inibição cerebral ao longo do desenvolvimento da criança estariam ligadas à maturação do sistema nervoso e, mais notoriamente, à formação da mielina. A mielinização aumentaria a transmissão linear entre grupos de células nervosas e reduziria a transmissão lateral (alastramento). Segundo essa hipótese, o efeito combinado do aumento na velocidade linear de transmissão da informação nervosa e a redução na interferência potencial entre outros grupamentos neuronais, num dado processamento, vai resultar em melhor disponibilidade de armazenamento da memória de curto prazo, de forma a se poder processar outra informação ou executar uma outra tarefa.

Finalmente, ainda segundo o mesmo autor, revisões recentes sobre a relação entre o desenvolvimento cognitivo e a maturação cerebral têm ressaltado que os resultados de vários paradigmas experimentais têm sido consistentes com a noção do crescimento no desenvolvimento cognitivo associado à eficiência dos processos inibitórios. Essas evidências incluem achados a partir de tarefas de atenção seletiva, tarefas de memória, tarefas que requerem habilidade para inibir respostas motoras (incluindo tarefas de “sinal-de-pare”).

Segundo BRODEUR e POND (2001), muitos estudos sobre o desenvolvimento da atenção têm consistentemente demonstrado que as crianças melhoram consideravelmente sua capacidade de responder seletivamente a diferentes estímulos do meio ambiente aos três e 12 anos. As crianças com desordem de déficit de atenção parecem demonstrar deficiências em algumas condições seletivas de atenção, mas não em outras. Por exemplo: crianças com déficit de atenção demonstram dificuldade em tarefas em que é importante ignorar e inibir respostas a estímulos irrelevantes, mas desempenham adequadamente tarefas que requerem memória de localização espacial. Os autores relatam ainda experimentos recentes que têm demonstrado não existirem diferenças entre o desempenho de crianças com déficit de atenção e o de crianças normais em tarefas que envolvem habilidades relacionadas à velocidade de classificação ou habilidades de atenção auditiva seletiva.

Ainda de acordo com BRACY (1995), o primeiro grupo de habilidades (básico) é representado por aquelas que contribuem para a interface que possibilita receber e utilizar apropriadamente as informações provenientes dos sistemas sensoriais – referidas como habilidades executivas da atenção ou habilidades atencionais. Essas habilidades devem capacitar o indivíduo a monitorar constantemente as informações provenientes do meio ambiente; reconhecer o que é importante, focalizar o que é essencial e monitorar uma atividade permanente; continuar monitorando outras informações como atividade de fundo; alternar entre o que é monitoração de fundo ou de foco, de acordo com a necessidade; manter o foco por toda a duração do evento focado e compartilhar o foco com múltiplos eventos, de acordo com a necessidade.

Para HALPERIN (1991), a atenção é o processo de selecionar, a partir do nosso meio, o que é relevante para o comportamento corrente e ignorar aquilo que não é relevante. Uma forma eficiente de se avaliar essa capacidade seria através de testes de performance continuada (TOLEDO, 1999).

De acordo com TOLEDO (1999), o “teste de cancelamento com lápis e papel” é um teste de performance continuada que avalia a atenção sustentada enfatizando aspectos da atenção visual.

GELDMACHER (1996) afirma que os testes de cancelamento são comumente utilizados na avaliação clínica de disfunções vísuoespaciais. Todos os testes de cancelamento envolvem a identificação e marcação de um determinado estímulo-alvo, que podem variar quanto à forma e dimensão.

Segundo GELDMACHER (1998), as tarefas de cancelamento são “testes de lápis e papel” de atenção seletiva e direcionada e têm sido largamente utilizadas nas avaliações neurológicas, neuropsicológicas e na investigação da atenção seletiva em indivíduos saudáveis. Dessa forma, os testes podem ser adaptados para diferentes graus de dificuldade e de exigência da atenção do indivíduo, visto que tais testes de cancelamento requerem desempenho contínuo e atenção sustentada.