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THOMAS HOBBES

O filósofo inglês Thomas Hobbes, no contexto da ontologia, é visto como representante do materialismo mecanicista, que teorizou a natureza considerando um “corpo natural” e a sociedade um “corpo artificial”. Na galeria dos filósofos, mencionamos sua teoria de Estado Absolutista. 

No início de sua vida intelectual, Hobbes traduziu Tucídidas (historiador grego), que detalhou a Guerra do Peloponeso. Por ocasião da tradução, admitiu um caráter frágil e traiçoeiro da Democracia, tendo Atenas como o exemplo histórico do desastre democrático.

Em sua maior obra, Leviatã (nome bíblico de um monstruoso peixe que protegia os menores da gula dos peixes maiores), desenvolveu um aprofundado  estudo filosófico, afirmando a maldade humana e justificando a necessidade de um Estado forte e repressor, o Absolutismo.

O Estado, segundo o filósofo, é a única garantia do controle dos sentimentos naturais do homem: a ambição, o egoísmo, a crueldade, e outros similares.  Isto, porque o estado de natureza (primitivo) era contaminado pela guerra constante, pois o homem, escreveu Hobbes, é naturalmente “lobo do próprio homem”, e somente a partir de um pacto social, orientado pela força da espada, o homem supera o egoísmo e a guerra, impedindo a ferocidade do “lobo”.

Para Hobbes, a propriedade (bens móveis e imóveis) não existe no estado de natureza, pois foi criada pelo Estado-Leviatã, e  somente este, com poder absoluto, poderá acabar com o direito de propriedade, quando necessário for.