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JOHN LOCKE

Opondo-se ao absolutismo de Hobbes, Locke, o maior representante do empirismo moderno, (autor da famosa teoria da tábula rasa) pensou o contratualismo em bases liberais, tornando-se o fundador  do liberalismo na Inglaterra. Além de ter influenciado a revolução norte-americana, influenciou a revolução francesa e a declaração dos direitos do homem e do cidadão.

Locke defendeu o poder político vinculado a uma origem democrática e parlamentar, e lançou os princípios da separação  dos poderes legislativo, executivo e judiciário, dos quais Montesquieu iria desenvolver no século XVIII.

Na obra Ensaio sobre o Governo Civil afirmou que o homem atribuiu ao Estado apenas o papel de  regulamentador da vida social, e que os direitos individuais são intocáveis e indelegáveis.

As liberdades fundamentais, como o direito à vida e à propriedade, e todos os direitos comuns ao homem, são anteriores e superiores ao Estado. Portanto, ao contrário de Hobbes, Locke observa que a propriedade é criação do estado de natureza, e que o contrato social é um pacto de consentimento, onde o homem busca no Estado, na sociedade civil e política, o reconhecimento e a proteção da propriedade. Este pacto, quando desrespeitado, pode ser alterado e desfeito, assim como faz-se em qualquer contrato, autorizando o homem a limitar o poder dos governantes e de, inclusive, promover insurreições. A base principal da liberdade burguesa, que nesse período era uma classe revolucionária, é a propriedade. E  para Locke, a liberdade está em função da propriedade.