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DEFICIÊNCIA MENTAL

Finalmente, como a escola deve atender aos alunos com deficiência mental?

Este parece ser o maior problema da inclusão de pessoas com deficiência no ensino regular. Cremos, contudo, que é também mais uma provocação para a transformação e melhoria do ensino escolar como um todo, em todos os seus níveis. Vejamos.

Nossa Constituição determina que deve ser garantido a todos o direito de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, de acordo com a capacidade de cada um (art. 208, V).

Assim, para que as escolas possam acolher a diversidade do alunado, reconhecendo e valorizando as diferentes capacidades, competências, habilidades que existem em uma sala de aula, elas precisam ser revistas inteiramente e mudar suas práticas usuais, marcadas pelo conservadorismo, excludentes e inadequadas para o alunado que já temos hoje nas escolas, em todos os seus níveis. Entre essas práticas, a avaliação da aprendizagem é das mais retrógradas e ineficientes e precisa ser urgentemente redefinida e mudada.

De fato, não podemos mais categorizar o desempenho escolar como bom, regular, excelente etc, a partir de instrumentos/ medidas/ terminalidades arbitrariamente estabelecidos pela escola. Esse modo de avaliar tem sido a grande sustentação dos que defendem o ensino escolar dividido em especial e regular, pois é com base nessas avaliações, entre outras, que um aluno é considerado apto ou não apto para frequentar uma dessas modalidades de ensino, principalmente quando se trata de alunos com deficiência mental.

Os alunos com deficiência mental são naturalmente absorvidos em escolas que já trabalham a partir destas novas maneiras de atuar pedagogicamente, como as que serão apresentadas a seguir.

Por outro lado, é importante lembrar que não existem receitas prontas para atender a cada deficiência ou necessidade especial que a natureza é capaz de produzir. Existem milhares de crianças e adolescentes, cujas necessidades especiais são quase únicas no mundo todo. Assim, espera-se que a escola, ao ABRIR AS PORTAS para tais alunos, informe-se e oriente-se com profissionais, principalmente da área da saúde, sobre as especificidades e instrumentos adequados para que aquele aluno, especificamente, encontre ali um ambiente adequado, sem discriminações e que lhe proporcione o maior aprendizado possível, tanto acadêmico como social.