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CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

CONCEITO

As ciências biológicas estudam os seres vivos e o meio em que vivem, compreendendo desde os microrganismos aos maiores seres que vivem na terra e na água. A biologia estuda a vida (bio = vida), suas necessidades e desafios.

Os microrganismos

Existem seres vivos, chamados de unicelulares, formados por uma só célula, que mesmo assim são capazes de realizar todas as suas funções vitais. É o caso dos protozoários e bactérias. Os vírus são a única exceção a essa regra, pois possuem uma organização estrutural tão simples que nem chegam a ser considerados seres unicelulares. Os vírus só conseguem  sobreviver e se reproduzir no interior de outras células, sendo por isso chamados parasitas celulares.

A febre aftosa é causada por um vírus altamente contagioso, mal podemos acreditar que seres tão pequenos possa causar tamanho prejuízo. Os microrganismos incluem os vírus, bactérias, protozoários e fungos. Uma medida de prevenção é a higiene corporal, ambiental e alimentar: lavar freqüentemente as mãos, manter limpo o ambiente doméstico, filtrar ou ferver sempre a água de beber, lavar com cuidados os alimentos. As doenças provocadas por bactérias e protozoários devem ser combatidas por medicamentos específicos, receitados pelo médico. Os fungos provocam vários tipos de alergias e micoses que também devem ser devidamente tratadas pelo médico.

As viroses, nome genérico das doenças provocadas por vírus, são combatidas pelas defesas naturais do organismo, sendo necessário apenas o uso de medicamentos que aliviem os sintomas da doença.

A vacinação é o meio mais eficiente de prevenção. As vacinas estimulam as defesas naturais do organismo, tornando-o imune à ação dos microrganismos invasores.

 

A origem da vida

O planeta Terra formou-se há cerca de 4,6 bilhões de anos. Sua aparência inicial era completamente diferente da aparência que tem hoje. Não havia nele qualquer tipo de ser vivo. Supõe-se hoje, através do estudo dos fósseis que os primeiros seres vivos surgiram provavelmente há cerca de 3,5 bilhões de anos.

Ao longo dos tempos, várias hipóteses foram elaboradas na tentativa de responder a essa pergunta. Vejamos algumas delas.

 

A hipótese da geração espontânea

Até o século XIX, imaginava-se que os seres vivos poderiam surgir não só a partir da reprodução de seres vivos preexistentes, mas também a partir de matéria sem vida, de uma forma espontânea. Essa idéia, proposta há mais de 2000 anos por Aristóteles, filósofo grego, é conhecida como geração espontânea.

Segundo aqueles que acreditavam na geração espontânea, determinados objetos poderiam conter um “princípio ativo”, isto é, uma espécie de “força” capaz de transformá-los em seres vivos.

Através da geração espontânea, explicava-se, por exemplo, o aparecimento de vermes no intestino humano, como a lombriga, ou o surgimento de “vermes” no lixo ou na carne em putrefação.

Logicamente, quem assim pensava desconhecia o ciclo de vida de uma lombriga ou de uma mosca. Hoje, sabe-se que as lombrigas surgem no intestino humano a partir da ingestão de água e de alimentos contaminados por ovos fecundados de lombrigas preexistentes. Sabe-se também que os “vermes” que podem aparecer no lixo e na carne em decomposição são, na verdade, larvas de moscas que se desenvolvem a partir de ovos depositados nesses materiais por moscas fecundadas.


A hipótese extraterrestre

Svante Arrhenius ( 1859-1927), um físico e químico sueco, supunha que, em épocas passadas, poeiras espaciais e meteoritos caíram em nosso planeta trazendo certos tipos de microrganismos, provavelmente semelhantes a bactérias. Esses microrganismos, então, foram se reproduzindo, dando à vida na Terra.


A hipótese de Oparin

Até chegar à forma que tem hoje, com seu relevo, rios, oceanos, florestas, campos, desertos e seres vivos, a Terra passou por diversas transformações.

Quando se formou, admite-se, o planeta era tão quente que era impossível a vida se desenvolver nele. O surgimento da vida só se tornou possível com algumas mudanças ocorridas, por exemplo, no clima e na composição dos gases atmosféricos.

Os vapores de água foram um dos componentes mais importantes da atmosfera primitiva. Admite-se que eles resultaram da grande atividade dos vulcões. Esses vapores de água foram se acumulando na atmosfera durante séculos.

Nas altas camadas da atmosfera, os vapores de água, na forma de densas nuvens, resfriavam-se e, condensando-se, começaram a cair como chuva. Era o início do ciclo da água, que ocorre até hoje. Como a superfície da Terra era quentíssima, a água evaporava-se quase imediatamente, voltando a formar nuvens. Por milhões de anos, imagina-se, houve essa seqüência de chuva e evaporação antes que os oceanos fossem formados. Somente quando a superfície da Terra se resfriou muito, começou a haver acúmulo de água líquida em regiões mais baixas, formando lagos, mares e oceanos.

Foi nos oceanos primitivos que a vida deve ter se originado. Pelo menos é o que até agora os cientistas têm aceitado como a hipótese mais provável. Um deles, o bioquímico russo de nome Aleksandr Ivanovitch Oparin (1894-1980), procurou explicar a formação de o primeiro ser vivo a partir de moléculas orgânicas complexas.