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GESTÃO DO ESTOQUE

O estoque é uma ferramenta importante para as empresas, pois consegue deixar disponível determinado tipo de mercadoria. Imagine-se trabalhando em uma empresa em que essa não tenha no estoque a peça para terminar o produto que está sendo manufaturado. Quando isso ocorre, a empresa é obrigada a paralisar a produção, e esperar pela peça solicitada. Tudo isso seria evitado se a empresa possuísse seu estoque.

Esse raciocínio vale também ao cliente. Quando vai às compras, ele deseja que o produto comprado seja entregue o mais rápido possível. No caso de possuir estoque, a entrega pode e deve ser feita com velocidade maior, inclusive no mesmo dia.

Essa facilidade do estoque traz vantagem competitiva para sua empresa, pois agrega valor ao produto. Você deve estar se perguntando: De que forma?

Simples. Uma vez que a empresa tenha o produto a disposição do cliente em um menor tempo, em relação aos seus concorrentes, pode levar o consumidor a optar por pagar um pouco mais para ter o produto em menor tempo.

Geralmente, não é interessante que a produção seja baseada no volume de venda, pois a empresa corre o risco de não conseguir atender os clientes de forma satisfatória, e isso pode significar perdas imensuráveis.

Sendo assim a gestão do estoque consiste em armazenar matérias primas e insumos diversos, abastecer as linhas de produção, controlar o consumo e alimentar de informações todos os setores de produtivos, de vendas, de compras e administrativos, quanto aos estoques disponíveis todo tipo de material consumido na empresa.

Apesar da tendência moderna da gestão de estoques ser administrada sob a forma de Logística de Materiais com atuação desde o fornecedor primário (mais próximo a terra) e terminar no varejo (mais próximo ao consumidor final), um grande número de empresas de pequeno e médio porte ainda controlarem seus estoques em almoxarifados, que são áreas destinadas ao depósito de materiais e matérias primas.

O conceito básico da função de abastecer e controlar estoques pode ser representado por uma analogia de acordo com a figura abaixo que representa um tanque onde é armazenada uma matéria prima para abastecimento da fabricação de um produto qualquer em uma empresa genérica..

A definição do Estoque Máximo merece especial importância no que se refere aos recursos financeiros aplicados na sua aquisição e o tempo (“Time is money”), em que esses recursos ficarão parados sob a forma de material dentro da empresa ou, até que, vendido sob forma de produto, o recurso da venda retorne aos cofres da empresa.

Dessa forma, a empresa buscará investir o mínimo possível em estoques, disponibilizando seus recursos para outras áreas, como expansão, pesquisas, tecnologias, treinamento ou aplicação em mercado financeiro, como forma de reduzir os custos de produção.

Os Estoques Máximos de todos os materiais que entram (matéria-prima) e saem da empresa (produto acabado), inclusive os em processo na linha de fabricação (produtos semi-acabados), tem que ser definidos periódica e individualmente, item por item os quais componham o produto final inclusive embalagens.

O Estoque Mínimo é o nível mais baixo ao qual a armazenagem pode chegar sem que haja o risco de ruptura e, em termos de recursos aplicados, foca principalmente nas eventuais perdas de fabricação e das sobras, que podem ocorrer após o encerramento da produção e da não continuidade de fornecimento a clientes, que podem se transformar em produtos disponíveis para próximos pedidos, amostras grátis e disponibilidades para atendimentos de emergência, ou ainda em perdas por obsolescência, sucateamento e deterioração da vida útil, o que tem de ser evitado.

Algumas empresas costumam também definir um outro estoque, chamado de Estoque de Segurança (ES), que só deve ser acionada quando a regular se esgotar, destinado a cobrir eventuais acontecimentos imprevistos, tais como: greves, oscilações prolongadas do mercado, dificuldades com fornecedores e de transportes, aumento de demanda não planejado, etc. Mesmo as empresas que têm fornecimento no sistema “Just in Time”, buscam manter seus ES atualizados. Sempre que o ES for utilizado em parte ou no todo deve ser imediatamente reposto. É também normal outras empresas considerarem os estoque Mínimo e de Segurança como um só. Essa prática é comum quando o histórico de produção permite cálculos com utilização de valores médios e confiáveis. É, de fato, o último recurso!

Importante também é definir o Nível de Estoque do Ponto de Pedido (NPP), que corresponde à quantidade de estoque que deve indicar o momento de pedir a reposição do estoque. O NPP é uma quantidade de estoque que deve equivaler ao tempo necessário para a reposição, considerando o consumo normal sem lançar mão do Estoque de Segurança. A prática de adotar um NPP pode ser feita quando necessário, ou como rotina, dependendo da padronização e da continuidade da linha de produção.

O tempo de reabastecimento tem que se igualar ao tempo para que o estoque sendo consumido atinja ao limite de início de consumo do estoque mínimo.. Um pouco mais flexível que a administração do Estoque de Segurança, a administração do NPP tem a liberdade de usar do Estoque Mínimo por um período em que não coloque a continuidade da produção em risco.

Há ainda o Estoque de Reposição que controla as peças e componentes destinados a reposição em máquinas e equipamentos, quando danificadas ou atingirem o limite de sua vida útil. São os estoques de óleos lubrificantes de máquinas, rolamentos, correias, pastilhas de freio, selos de segurança, peças de desgastes, fusíveis elétricos, peças importadas de difícil aquisição e outros componentes que possam causar perdas de tempo ou paradas de produção quando não estiverem disponíveis no estoque.

Um trabalho conjunto com o pessoal da manutenção pode definir quais são as necessidades e a política de estoque de reposição. O custo de uma parada de máquina (quebra) não prevista pode ser reduzido se as necessidades de peças para substituição forem bem dimensionadas e mantidas em estoques de reposição.

O estoque de reposição faz parte integrante de qualquer programa de manutenção, seja ele Preditivo, Preventivo ou mesmo “Quebra conserta”