AÇÃO SOCIAL
Conceito
Ação que se dirige a outros indivíduos. "É ação em que o sentido subjetivo do sujeito ou sujeitos está referido à conduta de outros, orientando-se por esta em seu desenvolvimento".
Sentido: elemento interno, imaterial, da ação, deve ser pesquisado em primeiro lugar. Pode ser o "sentido médio de uma massa de casos" ou então o construído pela inteligência e generalizado em um tipo ideal com atores ideais. Não deve ser confundido com o sentido objetivamente justo ou com o sentido verdadeiro, metafisicamente fundado.
- Captação do Sentido da Ação: para a Sociologia captar esse sentido da ação, segundo Weber, o sociólogo deve reviver ou reconstruir, em sua mente, a ação social dos outros, só assim alcançando a sua compreensão.
Ações da vida social
- Ação tradicional: processa-se de acordo com as tradições seculares, com usos e costumes sagrados.
- Ação carismática: inova e inobserva tradições. Funda-se na crença de ser seu autor dotado de poderes sobre-humanos e sobrenaturais que agem, livremente, sem fazer caso de normas estabelecidas ou de tradições, estabelecendo novas normas e criando tradições.
- Ação afetiva: orientada pelas emoções e sentimentos.
- Ação social racional: causal ou logicamente compatível com os fins propostos.
Ação Política
A finalidade ideal da ação política é a instituição é a perpetuação do poder.
Para a instituição e a perpetuação do poder a ação política exerce três tipos de dominação que precisam ser legitimados. Essa legitimação é realizada das seguintes formas.
Tipos ideais de dominação:
- Dominação carismática: legitimada pela fé e pelas qualidades sobrenaturais do chefe.
- Dominação tradicional: legitimada pela crença sacrossanta na tradição.
- Dominação legal: legitimada pelas leis a partir dos costumes e tornado possível pela burocracia, trazendo a especialização e a organização racional e legal das funções.
Os atos políticos e as ações do Estado fazem parte de nossa vida, e é atuando politicamente que entendemos e assumimos nosso papel na sociedade. No entanto, quando ouvem falar em poder e política, as pessoas quase sempre pensam em troca de favores, conchavos e falcatruas, e, quando ouvem falar em Estado, muitas pensam em burocracia, impostos elevados e mau uso do dinheiro público.
Essas associações negativas resultam de uma ideia preconceituosa a respeito da política e do papel do Estado, e servem de argumento para justificar a omissão e a recusa à participação nos assuntos públicos.
Muita gente acredita que poder e dominação só podem ser exercidos pelo Estado, mas, como veremos nesta unidade, há várias outras formas de dominação em todos os setores e relações sociais.