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OS GRANDES ARTISTAS DO MODERNISMO BRASILEIRO

Tarsila do Amaral (1886 - 1973)

Tarsila do Amaral, nasceu em São Paulo. Foi uma das principais figuras do Movimento Modernista Brasileiro, mas não participou da "Semana de Arte Moderna de 1922′, estava na Europa estudando.

 

Fez parte do "Grupo dos Cinco‘ do qual fazia parte, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Pichia, Anita Malfatti.

 

 

Tarsila foi a criadora do movimento "Pau-Brasil‘ e "Antropofágico", movimento que clamava por uma estética de cunho Nacionalista nas tendências que os brasileiros incorporavam dos movimentos artísticos vindos da Europa.

 

 

Sua obra foi marcada por cores vivas e alegres, técnica do cubismo, abordagem de temas sociais, do cotidiano e paísagens do Brasil.

 

 

Di Cavalcanti (1897/1976)

 

Di Cavalcante Nasceu no Rio de janeiro, foi pintor, ilustrador e caricaturista, desenhista de jóias, tapetes e painéis. "A Semana de Arte Moderna de 1922′ foi idéia sua.

 

Seus temas favoritos foram os temas nacionais e populares, como favelas, operários, soldados, marinheiros, figuras de belas negras e festas populares. Sua arte tem uma abordagem sensual e tropical.

 

 

Ao longo de sua carreira recebeu muitos prêmios importantes como o de "melhor pintor brasileiro‘ na bienal de São Paulo de 1953 e uma medalha de ouro por sua exposição na França, entre tantos outros prêmios.

 

Os amigos que tiveram o privilégio de conviver com Di Cavalcante, dizem que ele era um boêmio e romântico que teve incontáveis mulheres.

 

 

A vida para Di Cavalcante era uma constante alegria e celebração.

 

Cândido Portinari (1903/1962)

Cândido Portinari era filho de imigrantes Italianos, nasceu em São Paulo numa fazenda de café, Santa Rosa.

 

Mesmo sendo de familia muito humilde, e cursado apenas o primário, seu dom artístico foi manifestado na infância, aos 6 anos de idade.

Aos nove anos participou dos trabalhos de restauração da igreja de Brodowski, ajudando os pintores Italianos, mais tarde desenhou o retrato de Carlos Gomes.

Aos 15 anos viajou para São Paulo para estudar no Liceu de Artes e Ofícios onde se matriculou na Escola Nacional de Belas Artes para estudar desenho e pintura. Daí em diante foi uma trajetória de sucesso, prêmios e viagens ao estrangeiro.

 

Cândido Portinari pintou cerca de cinco mil obras, que vão desde pequenos esboços a gigantescos murais. Nenhum pintor brasileiro alcançou mais projeção internacional do que Portinari.

 

 

Ismael Nery

Ismael Nery (Belém PA 1900 - Rio de Janeiro RJ 1934). Pintor, desenhista, poeta. Muda-se ainda criança para o Rio de Janeiro onde, em 1917, matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes - Enba.

 

Viaja para França em 1920 e freqüenta a Académie Julian. De volta ao Rio de Janeiro, no ano seguinte, trabalha como desenhista na seção de Arquitetura e Topografia da Diretoria do Patrimônio Nacional, órgão ligado ao Ministério da Fazenda.

 

Lá conhece o poeta Murilo Mendes (1901 - 1975), que se torna grande amigo e incentivador de sua obra. Em 1922 casa-se com a poetisa Adalgisa Nery (1905 - 1980). Ismael Nery aplica à sua produção os princípios do Essencialismo, sistema filosófico que ele mesmo cria.

Em 1927, novamente na França, conhece Marc Chagall (1887 - 1985), André Breton (1896 - 1966) e Marcel Noll. A volta ao Brasil marca a fase surrealista de sua obra, a princípio por influência de Chagall. Em 1930, contrai tuberculose. Enfermo, seus trabalhos passam a revelar seu drama pessoal e a fragilidade do corpo. Falece aos 33 anos.

Em 1948, uma série de artigos de Murilo Mendes publicados nos jornais O Estado de S. Paulo e Letras e Artes busca resgatar a obra plástica, literária e filosófica do artista. Esquecido, Ismael Nery, passa a ser valorizado em meados dos anos 1960 com exposições realizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

 

Alfredo Volpi

Alfredo Volpi (Lucca Itália 1896 - São Paulo SP 1988). Pintor. Muda-se com os pais para São Paulo em 1897 e, ainda criança, estuda na Escola Profissional Masculina do Brás. Mais tarde trabalha como marceneiro, entalhador e encadernador.

 

 

Em 1911, torna-se pintor decorador e começa a pintar sobre madeiras e telas. Na década de 1930 passa a fazer parte do Grupo Santa Helena com vários artistas, como Mário Zanini e Francisco Rebolo, entre outros. Em 1936, participa da formação do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo e integra, em 1937, a Família Artística Paulista - FAP. Sua produção inicial é figurativa, destacando-se marinhas executadas em Itanhaém, São Paulo.

No fim dos anos de 1930, mantém contato com o pintor Emídio de Souza. Em 1940, ganha o concurso promovido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, com trabalhos realizados com base nos monumentos das cidades de São Miguel e Embu e encanta-se com a arte colonial, voltando-se para temas populares e religiosos.

Realiza trabalhos para a Osirarte, empresa de azulejaria criada em 1940, por Rossi Osir.

 

Sua primeira exposição individual ocorre em São Paulo, na Galeria Itá, em 1944. Em 1950, viaja para a Europa acompanhado de Rossi Osir e Mario Zanini, quando impressiona-se com obras pré-renascentistas.

Passa a executar, a partir da década de 1950, composições que gradativamente caminham para a abstração.

É convidado a participar, em 1956 e 1957, das Exposições Nacionais de Arte Concreta e mantém contato com artistas e poetas do grupo concreto. Recebe, em 1953, o prêmio de Melhor Pintor Nacional da Bienal Internacional de São Paulo, dividido com Di Cavalcanti; em 1958, o Prêmio Guggenheim; em 1962 e 1966, o de melhor pintor brasileiro pela crítica de arte do Rio de Janeiro, entre outros.

 

Aldemir Martins

Aldemir Martins (Ingazeiras CE 1922 - São Paulo SP 2006). Pintor, gravador, desenhista, ilustrador.

Em 1941, participa da criação do Centro Cultural de Belas Artes, em Fortaleza, com Antonio Bandeira, Raimundo Cela, Inimá de Paula e Mário Baratta, um espaço para exposições permanentes e cursos de arte. Três anos depois, a instituição passa a chamar-se Sociedade Cearense de Artes Plásticas - SCAP.

Aldemir Martins produz desenhos, xilogravuras, aquarelas e pinturas. Atua também como ilustrador na imprensa cearense. Em 1945, viaja para o Rio de Janeiro, e, menos de um ano depois, muda-se para São Paulo, onde realiza sua primeira individual e retoma a carreira de ilustrador.

Entre 1949 e 1951, freqüenta os cursos do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp e torna-se monitor da instituição. Estuda história da arte com Pietro Maria Bardi e gravura com Poty Lazzarotto.

Em 1959, recebe o prêmio de viagem ao exterior do Salão Nacional de Arte Moderna e permanece por dois anos na Itália. Desde o início da carreira sua produção é figurativa, e o artista emprega um repertório formal constantemente retomado: aves, sobretudo os galos; cangaceiros, inspirados nas figuras de cerâmica popular; gatos, realizados com linhas sinuosas; e ainda flores e frutas. Nas pinturas emprega cores intensas e contrastantes.

 

Música

O modernismo dá prosseguimento às mudanças iniciadas com o impressionismo e o expressionismo, rompendo ainda mais com o sistema tonal (música estruturada a partir da eleição de uma das 12 notas da escala como a principal). Os movimentos musicais modernistas são o dodecafonismo, o neoclassicismo e as escolas nacionais (que exploram o folclore de cada país), predominantes internacionalmente de 1910 a 1950.

Heitor Villa-Lobos é o principal compositor no Brasil e consolida a linguagem musical nacionalista. Para dar às criações um caráter brasileiro, busca inspiração no folclore e incorpora elementos das melodias populares e indígenas. O canto de pássaros brasileiros aparece em Bachianas nº. 4 e nº. 7.

 

Teatro

O modernismo influencia tardiamente a produção teatral. Só em 1927 começam as inovações nos palcos brasileiros. Naquele ano, o Teatro de Brinquedo, grupo experimental liderado pelo dramaturgo e poeta Álvaro Moreyra (1888-1965), monta Adão, Eva e Outros Membros da Família. A peça, em linguagem coloquial e influenciada pelo marxismo, põe pela primeira vez em cena dois marginais: um mendigo e um ladrão.

Ainda na década de 20 são fundadas as primeiras companhias de teatro no país, em torno de atores como Leopoldo Fróes (1882-1932), Procópio Ferreira (1898-1979), Dulcina de Moraes (1908-1996) e Jaime Costa (1897-1967). Defendem uma dicção brasileira para os atores, até então submetidos ao sotaque e à forma de falar de Portugal. Também inovam ao incluir textos estrangeiros com maior ousadia psicológica e visão mais complexa do ser humano.

 A peça O Rei da Vela (1937), de Oswald de Andrade, é considerada o primeiro texto modernista para teatro. Nas experiências inovadoras anteriores, apenas a encenação tinha ares modernistas ao incluir a pintura abstrata nos cenários e afastá-los do realismo e do simbolismo. Mas o texto de Oswald de Andrade trata com enfoque marxista a sociedade decadente, com a linguagem e o humor típicos do modernismo.

A peça O Bailado do Deus Morto, de Flávio de Carvalho, é uma das primeiras montagens modernistas, encenada pela primeira vez em 15 de novembro de 1933, em São Paulo. Mescla teatro, dança, música e pintura. É o primeiro espetáculo com texto livre, improvisado, cenário impactante, linguagem popular e uso de palavrão, sem preocupação com a seqüência lógica de acontecimentos.