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ALFABETIZAÇÃO PARA SÉRIES INICIAIS

Em nosso país o processo de alfabetização e de educação escolar teve início algumas décadas após o descobrimento. Os primeiros educadores foram os padres Jesuítas, que vindo de Portugal, se dedicavam a catequização e a educação escolar. Segundo Oliveira (2005), em 1549 os primeiros Jesuítas chegaram ao território brasileiro, juntamente com o Governo Geral criado por D. João III na administração de Tomé de Souza. No Brasil, os Jesuítas se dedicaram educação católica e escolar.

Durante o período em que eles estiveram no Brasil, iniciaram suas atividades procurando alcançar os seus objetivos missionários de converter os indígenas, pois dessa forma teriam mais facilidade de penetrar em suas terras.

Ainda conforme Oliveira (2005), a educação brasileira nesse período era voltada aos interesses políticos da Metrópole e aos objetivos religiosos e políticos da Companhia de Jesus. Dentre as finalidades da educação estava o combate ao protestantismo e a reforma modernista.

De acordo com Mascarello (2006), a companhia de Jesus no período de 1549 a 1553 tinha como responsável o Padre Manoel da Nóbrega. O padre foi quem apresentou a primeira proposta política educacional voltada para os indígenas, na medida onde lhes eram ensinado a Doutrina Cristã e os bons costumes europeus.

A alfabetização deve ser entendida como um instrumento eficaz de aprendizagem da leitura e escrita, sendo o professor o principal mediador entre a criança e a escrita, onde os efeitos da aprendizagem se prolongam após a ação pedagógica, entretanto não são apenas os métodos que alfabetizam e nem mesmo os testes que auxiliam o processo neste período, mas são as crianças que constroem o conhecimento sobre a língua escrita, por meio de hipóteses que as mesmas formulam, para compreenderem o funcionamento desse objeto durante o qual a vai conhecendo e participando de atividades de produção e interpretação, aperfeiçoando o seu conhecimento (MENDONÇA; MENDONÇA, 2007).

Nas séries iniciais, embora não haja uma intensa cobrança sobre a produção textual do aluno em relação as suas produções de textos, se faz necessário que o mesmo seja incentivado a ter autonomia na criação dos textos, mesmo que essas sejam carregadas de erros ortográficos. Os livros são muito importantes também para orientar a prática pedagógica, sendo utilizados como ferramentas de suporte da organização de ensino, porém não devem ser vistos como a principal forma de aprendizagem (FRISON et al, 2009). 

Objetivos

No final deste capítulo o formando deverá ser capaz de:

  • Analisar a alfabetização nas séries iniciais, fazendo reflexões acerca desse processo.
  • Utilizar métodos de alfabetização de acordo com suas características. 

  • Conceituar o papel do pedagogo no processo de aquisição e desenvolvimento da escrita na criança.