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DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM ORAL

A construção da linguagem oral implica, portanto, na verbalização e na negociação de sentidos estabelecidos entre pessoas que buscam comunicar-se.

Aprender a falar, portanto, não consiste apenas em memorizar palavras. A aprendizagem da fala pelas crianças não se dá de forma desarticulada com a reflexão, o pensamento, a explicação de seus atos, sentimentos e desejos.

O desenvolvimento da linguagem oral não se dá nem natural nem magicamente, mas através da qualidade da interação do adulto com a criança, da interação com as próprias crianças e, inclusive, dos momentos em que as crianças passam diante da televisão.

Carinho, atenção, interesse, expressos através de conversas e bate-papos – e até de broncas e discussões mais sérias e não menos necessárias – sobre atitudes das crianças ou questões relativas à organização do cotidiano, da leitura de histórias, de assistir juntos e comentar um programa de TV, do simples folhear de revistas comentando sobre as figuras, de cantorias em conjunto, de saudações calorosas, de observações e brincadeiras verbais em relação a momentos da rotina, entre outros exemplos.

São imprescindíveis para se exercer e desenvolver o afeto e a linguagem oral das crianças e dos adultos – e essas práticas não são uma exclusividade da escola de educação infantil. Nem tampouco devem perder espaço para a companhia da televisão.

As crianças têm ritmos próprios e a conquista de suas capacidades linguísticas se dá em tempos diferenciados, sendo que a condição de falar com fluência, de produzir frases completas e inteiras provém da participação em atos de linguagem.

Nós estaremos em processo, lendo e escrevendo com as crianças da educação infantil, explorando a linguagem escrita com elas e continuaremos a fazê-lo – sem o compromisso ou o objetivo de alfabetizá-las – até o final deste período da escolaridade.